1. Descartada Urgência de Prioridade Máxima (VERMELHO) após o uso do Protocolo de Acolhimento (RM1) e Protocolo MASTER (RM2), verificar, de acordo com o Protocolo de Abordagem por Queixas (RM3), se as seguintes perguntas já foram respondidas:

    • Começou quando?
    • Tem falta de ar?
    • Qual a cor da pele?
    • Qual a temperatura?
    • Tem sangramento (orientar comprimir a lesão com um pano limpo)?
    • O sangramento diminuiu com a compressão?
    • Tem deformidade?
    • Tem algum ferimento? O osso está aparecendo?
    • Outras queixas ou doenças?
  2. Considerar o envio de USA se houver:

    i. Dispnéia aguda;
    ii. Pele crítica;
    iii. Comprometimento vascular distal;
    iv. Hemorragia maior incontrolável;

  3. Considerar o envio de USI/USB se houver:

    v. Dor intensa;
    vi. Dor pleurítica;
    vii. Deformidade grosseira;
    viii. Fratura exposta;
    ix. Hemorragia menor incontrolável;
    x. Déficit neurológico novo
    xi. Distúrbio da coagulação;
    xii. História discordante;

  4. Realizar orientação médica de houver:

    xiii. Dor moderada;
    xiv. Deformidade;
    xv. Edema; xvi. Outras queixas;
    xvii. Nesses casos, a remoção (se necessária) deve se dar por transporte próprio.

Decisão gestora: busca do serviço mais adequado na grade de referência. Comunicação ao serviço de destino.

 

OBSERVAÇÕES: 

    • Comprometimento vascular distal: haverá associação de palidez, esfriamento, alteração da sensibilidade e/ou dor com ou sem ausência de pulso distal à lesão;
    • Déficit neurológico novo é qualquer perda de função neurológica que ocorreu há mais de 24h como:
      • alteração ou perda de sensibilidade;
      • fraqueza de membros (transitória ou permanente);
      • retenção urinária ou alteração da função intestinal.
    • Deformidade aparente: isto é sempre subjetivo. Inclui angulação ou rotação anormais, em quadril ou membros inferiores, que necessitem de imobilização e remoção em USB;
    • Deformidade grosseira: isto sempre é subjetivo. Angulação ou rotação grosseira ou anormal é inferida;
    • Dispnéia aguda: fôlego curto ou falta de ar súbita ou repentina piora de falta de ar crônica;
    • Distúrbio de coagulação: distúrbio de coagulação congênito ou adquirido, por doença hematológica ou terapêutica;
    • Dor intensa: dor intolerável, geralmente descrita como jamais sentida;
    • Dor moderada: dor intensa, mas suportável;
    • Dor pleurítica: dor em fincada localizada no peito que piora com a respiração, tosse ou espirro;
    • Edema: inchaço, qualquer aumento anormal de tamanho;
    • Fratura exposta: qualquer ferida ao redor da fratura deve ser considerada suspeita. Se houver alguma possibilidade de comunicação entre a ferida e a fratura, esta deve ser considerada exposta;
    • Hemorragia maior incontrolável:hemorragia que não é rapidamente controlada por compressão direta e sustentada – o sangue continua a fluir fortemente ou encharca rapidamente o curativo;
    • Hemorragia menor incontrolável: hemorragia que não é rapidamente controlada por compressão direta e sustentada – o sangue continua a fluir levemente ou a escorrer;
    • História discordante: quando a história fornecida não explica os achados físicos. Pode ser um marcador de lesão não acidental em crianças e adultos vulneráveis, podendo ser sentinela de abuso e maus tratos;
    • Pele crítica: uma fratura ou deslocamento pode deixar fragmentos ou ponta de osso pressionando a pele de tal forma que pode ameaçar sua viabilidade. a pele estará pálida, sob tensão, em risco.

Este protocolo foi pautado nas mais recentes evidências científicas disponíveis. 

Elaboração: julho/2010
Revisão: dezembro/2014