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Descartada Urgência de Prioridade Máxima (VERMELHO) após o uso do Protocolo de Acolhimento (RM1) e Protocolo MASTER (RM2), verificar, de acordo com o Protocolo de Abordagem por Queixas (RM3), se as seguintes perguntas já foram respondidas:
- Quando começou a falta de ar?
- Faz barulho quando respira?
- Perdeu os sentidos?
- Fez uso de alguma medicação?
- Outras queixas ou doenças?
- Considerar o envio de USA se houver:
i. Estridor laríngeo;
ii. Baba-se;
iii. Criança não reativa;
iv. Esforço respiratório aumentado;
v. Frases entrecortadas;
vi. Hemoptise;
vii. História respiratória significativa;
viii. Início agudo após trauma;
ix. Resposta à voz ou à dor apenas;
x. Exaustão;
- Considerar o envio de USI/USB se houver:
xi. Sibilância audível ou chiado;
xii. História de hemoptise;
xiii. História discordante;
xiv. Dor pleurítica;
xv. Doenças de base: asma, cardiopatia, fibrose cística ou mucoviscidose;
- Realizar orientação médica de houver:
xvi. Tosse produtiva;
xvii. Trauma torácico recente;
xviii. Outras queixas;
xix. Nesses casos, a remoção (se necessária) deve se dar por transporte próprio.
Decisão gestora: busca do serviço mais adequado na grade de referência. Comunicação ao serviço de destino.
OBSERVAÇÕES:
- Baba-se: saliva saindo pela boca por incapacidade de engolir;
- Criança não reativa: criança que não responde ao comando verbal ou ao estímulo doloroso;
- Dor epigástrica: dor ou desconforto epigástrico, que pode estar acompanhada de náuseas, sudorese e sensação de tontura;
- Dor pleurítica: dor em fincada localizada no peito que piora com a respiração, tosse ou espirro;
- Esforço respiratório aumentado: há aumento da frequência respiratória, uso de musculatura acessória e roncos;
- Estridor laríngeo: ruído inspiratório, expiratório ou ambos, melhor escutado ao se respirar de boca aberta;
- Exaustão: fase que antecede a uma parada respiratória, onde ocorre redução do esforço ventilatório, apesar de se manter em insuficiência respiratória;
- Hemoptise: sangue aerado emitido com o esforço da tosse;
- História discordante: quando a história fornecida não explica os achados físicos. Pode ser um marcador de lesão não acidental em crianças ou adultos vulneráveis, podendo ser sentinela de abuso e maus tratos;
- História respiratória significativa: história prévia de internação por condição semelhante em UTI ou condições respiratórias ameaçadoras da vida (p. ex. DPOC, asma lábil, uso domiciliar de O2 ou de ventilação não-invasiva);
- Início agudo após trauma: início imediato dos sintomas em 24 h de um trauma físico;
- Pulso anormal: se medido, bradicardia (abaixo de 60 por minuto), taquicardia (acima de 100 por minuto) ou ritmo irregular. Em crianças, bradicardia e taquicardia variam conforme a idade;
- Resposta à dor: resposta a estímulos dolorosos. Estímulos periféricos devem ser usados (pressionando uma caneta no leito ungueal das mãos). Este estímulo não deve ser feito no hálux, pois o reflexo espinhal pode causar flexão do mesmo na morte encefálica. Pressão supraorbitária não deve ser usada pois pode produzir o reflexo de contorção da face;
- Resposta à voz: resposta ao estímulo da voz. Não é necessário gritar o nome do paciente. Crianças podem não responder por estarem com medo;
- Sibilância audível: ou sensação de chiado, que pode denotar obstrução mais grave de vias aéreas, por ser silenciosa (não passa nenhum ar);
- Tosse produtiva: a infecçao respiratória geralmente causa tosse com escarro frequentemente purulento (verde ou amarelo);
- Trauma torácico recente: qualquer trauma abaixo da clavícula e acima da última costela. Trauma na parte inferior do tórax pode causar lesão de órgãos abdominais.
- Frases entrecortadas: pacientes que não conseguem articular frases curtas numa só expiração devido à dificuldade respiratória;
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Este protocolo foi pautado nas mais recentes evidências científicas disponíveis.
Elaboração: julho/2010
Revisão: dezembro/2014